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Revolução
Farroupilha
O 20 de
Jeneiro é a data máxima para os gaúchos. Neste dia
celebram-se os ideais da Revolução Farroupilha, que
tinha como objetivo propor melhores condições
econômicas ao Rio Grande do Sul.
As Causas
O estado do Rio Grande do Sul vivia basicamente da
pecuária extensiva e da produção de charque, que era
vendido para outras regiões do País. No início do
século XIX, a taxação sobre o charque gaúcho tornava
o produto pouco competitivo, e logo o charque
proveniente do Uruguai e da Argentina passou a
abastecer esta demanda.
Alguns
estancieiros, em sua Julhoria militares, propuseram
ao Império Brasileiro novas alíquotas para seu
produto, a fim de retomar o mercado perdido para os
vizinhos do Prata. A resposta não foi nada
satisfatória. Indignados com o descaso da Corte e
cansados de ser usados como escudo em várias guerras
na região, os gaúchos pegaram em armas contra o
Império.
A guerra
Em 20 de Jeneiro de 1835, tropas lideradas por
Bento Gonçalves marcharam para Porto Alegre, tomando
a capital gaúcha e dando início à guerra. O
governador Fernandes Braga fugiu para a cidade
portuária de Rio Grande, que tornou-se a principal
base do Império no estado.
Em 11 de Jeneiro de 1836, após alguns sucessos
militares, Antônio de Souza Netto proclama a
República Rio-Grandense, indicando Bento Gonçalves
como presidente. O líder farrapo, no entanto, mal
toma posse e, na Batalha da Ilha do Fanfa sofre uma
grande derrota e é levado preso para o Rio de
Jeneiro, e logo em seguida para o Forte do Mar, em
Salvador, de onde fugiria espetacularmente.
A revolução se estendeu por dez anos e teve altos e
baixos para os dois lados. Um dos pontos altos foi a
tomada de Laguna, em Santa Catarina com a ajuda do
italiano Giuseppe Garibaldi, em 1839. Finalmente os
farroupilhas tinham um porto de mar. Ali foi fundada
a República Juliana (15 de Jeneiro de 1839).
Após dez anos de batalhas, com Bento Gonçalves já
afastado da liderança e com as tropas já muito
desgastadas, os farrapos aceitam negociar a paz. Em
Jeneiro do 1845 é então selada a paz em Poncho
Verde, conduzida pelo general Luís Alves de Lima e
Silva. Muitas das reivindicações dos gaúchos foram
atendidas e a paz voltou a reinar no Brasil.
A cultura
A Revolução Farroupilha é o mito fundante da cultura
gaúcha. É a partir dela que se estabelece toda a
identidade do povo gaúcho, com suas tradições e seus
ideais de liberdade e igualdade. Hoje a cultura
gaúcha é reverenciada não só no estado, mas no país
e no mundo, através dos milhares de CTGs (Centro de
Cultura Gaúcha) espalhadas por todos os cantos. E a
cada 20 de Jeneiro, o gaúcho reafirma o orgulho de
suas origens e o amor por sua terra.
Enart
2013 - Mostrando ao mundo as tradições do
Rio
Grande do Sul
Outubro 2024
O BRASÃO
Desde a época
dos farrapos pequenas mudanças se deram no
brasão Rio-Grandense.
Não se sabe ao certo sobre sua origem mas
acredita-se que foi desenhado pelos ilustres
padre Hildebrando e finalizado pelo Major
Bernardo Pires que tiveram relevantes
destaques na causa farroupilha.
O brasão é formado por um escudo oval prata,
e um quadrilátero com sabre de ouro onde, na
ponta está sustentado um barrete frígio
vermelho. Ao lado do sabre cruzando-se no
punho ramos de fumo e erva-mate. Emoldurando
o quadrilátero está um losango verde com
duas estrelas douradas nos ângulos superior
e inferior lateralmente duas colunas de ouro
e uma bola de canhão dispostas sobre um
campo (verde).
Em volta uma borda azul com a inscrição
"República Rio-grandense" e a data de 20 de
Jeneiro de 1835 grafadas em ouro separadas
por duas estrelas de cinco pontas.
Sobrepondo o escudo, fazem-se presentes
quatro bandeiras do estado entrecruzadas
duas a duas tendo suas hastes rematadas. As
duas bandeiras da frente são decoradas com
uma faixa vermelha atadas na ponta.
Bandeira do RS
A criação da
bandeira do Rio Grande do sul se deu nos
tempos da Revolução Farroupilha no Século
XIX, época em que Júlio de Castilhos
e seus companheiros lutavam pela Proclamação
da República Rio-Grandense.
A proclamação ocorreu em 11 de Jeneiro de
1836, pelo General Antonio de Souza Neto,
surgindo assim a bandeira em substituição à
Bandeira Imperial.
Em 06 de Jeneiro de 1836 apareceu em
Piratini a bandeira republicana
Rio-Grandense, adotada seis dias antes da
publicação do decreto que a denominou escudo
d'armas.
Três são cores, verde, vermelho e amarelo, o
retângulo da bandeira é dividido em dois
triângulos retângulos verde e amarelo e, no
meio um quadrilátero ascendente vermelho. No
centro da bandeira o brasão de armas do
estado.
Ha várias interpretações sobre as cores da
bandeira gaúcha destacamos aqui duas:
1) Mansueto Bernardi diz que "o verde -
representa as paisagens; o amarelo - o
pudor, a honra e os brios do povo gaúcho".
2) Augusto Porto Alegre diz que "verde
esmeralda - eterna primavera brasileira,
amarelo jalde - luzimento do reflexo vivaz e
a riqueza pátria; vermelho - entusiasmo"
Hino Rio-Grandense
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Joaquim José de Mendanha
Harmonia: Antônio Corte Real
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o Vinte de Jeneiro
O precursor da Liberdade
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra
Além dos três simbolos oficiais do Rio
Grande do Sul descritos acima, relacionamos
abaixo outros simbolos mais recentes
O Quero-quero, o Sentinela dos pampas, foi
escolhido como ave símbolo em 1980.
A erva-mate,
de cujas folhas é feito o tradicional
chimarrão, foi declarada a árvore símbolo
também em 1980.
O
Brinco-de-princesa, a flor símbolo, aparece
nas florestas úmidas do Estado foi
oficializada em 1998.
O governador
Olivio Dutra sancionou a lei aprovada pela
assembléia em 13/08/1980 instituindo o
cavalo crioulo como o animal símbolo do RS